![]()
O AMOR TEM SETE LETRAS
Caibamos nesse amor magnífico a se avizinhar
Saibamos da sua inusitada e perpétua visita Pairamos sobre o ar sem asas de pergaminho Ceifamos males tortos, insípidos e dissimulados. Colhamos a mais leda rosa viciada em sentimento Da seda pura extraiamos a essência casta, poço a jorrar o exsudado caldo. Passemos a lançar entreolhares mudos, silentes e arrebatadores Na sapiência exata do verso, sob imbricadas vestes. O coração a se despir do pejo, do orgulho, do medo, das sombras Quais sombras? O sol se debate e range em nosso florido quintal Não há rascunho, não se pede clemência, há toda e incerta urgência. Então, vivamos! Extraiamos do gerânio o cancro, e a seiva brotará, maravilhosamente! Que não nos falte o arrojo... Que não nos boicotem as manhãs... Conheçamos as azinhagas pedreguentas e nos depararemos com o êxtase final: Aquele secreto, muitíssimo raro e assaz exclusivo deleite universal.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 20/07/2020
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|