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RAZÃO MANAUARA
E se a mim clamasse a pressa?
Estariam presentes notas de porvir Todas envelhecidas, sob fel e pó Ao encanto deixado num por de mar eterno. Um berço, a onda derradeira A lavar a lavra dos deuses A me aturdir com arpejos sonoros À prova e ao ceticismo da imensidão Das dores pretéritas, das aulas da vida. E se a mim se recusasse a prosa? Numa vespertina lembrança Do gosto e do pejo do vinho em botelha Da picardia bendita, do fim do holocausto. Uma tora e estalar na lareira Um mosto a fermentar, um bojo O olor da madeira mais doce... A degustar! E se a mim se refestelasse a sorte? Sob a casta essência dum prognóstico em vezo A tal beleza cândida, o cântico ao ar A certeza plena de um beijo, um barco e o céu.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 26/06/2020
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